Nunca se gastou tanto para tão pouco!

Data da Postagem: 01/07/2011

Quando o Presidente do Grêmio sentou-se na sala de entrevistas do Olímpico, após o jogo contra o Avaí, falando em cirurgia profunda, todos os gremistas imaginaram que o mandatário do clube havia finalmente conseguido diagnosticar os equívocos que estão levando nosso Tricolor à falta de resultados. Pois todos estávamos errados. O diagnóstico levou a prometida cirurgia a atingir quem não devia.
 
Daquela entrevista atabalhoada e constrangedora para a instituição surgiram desdobramentos, no nosso entender, equivocados e maléficos ao time e ao clube. Um posicionamento que, por interesse pessoal, simplista e que serve apenas para manter as alianças políticas, abala a inteligência e o orgulho da torcida gremista. Infelizmente, nosso mandatário, mais uma vez, não teve a humildade de reconhecer seus erros e debitou os fracassos do futebol na conta errada, visto as manifestações da torcida, a tristeza de funcionários, jogadores e da centena de torcedores que se aglomeraram no Olímpico para pedir que Renato ficasse no Grêmio.

Afinal, não perdemos apenas mais um entre dezenas de treinadores que passaram pelo Olímpico nestes últimos 10 anos. Perdemos um ídolo, perdemos uma referência do clube no cenário do futebol. Perdemos um mito que dedicou sua paixão na busca de conquistas para acalentar o coração de todos os gremistas. Poderia ter saído qualquer um, menos aquele que ainda dava esperança à grande nação tricolor.

Só nos resta, enquanto movimento político do Grêmio, lamentar a postura da Direção e do Departamento de Futebol diante dos últimos fracassos da equipe. Independente do episódio, chamamos atenção para alguns fatos que são recorrentes, mas que precisam novamente ser alertados, pois não podemos aceitar mais que se peque pela omissão diante da situação tão difícil pela qual passamos.

Analisando um pouco da história, veremos que somente em uma oportunidade os gastos com futebol chegaram aos níveis em que se encontram hoje. São 5,5 milhões de reais gastos no Departamento de Futebol de forma inócua, sem retorno algum. Cifras deste montante, guardadas as proporções,  somente foram verificadas na época da ISL, período que deixou feridas abertas na instituição e sobre o qual a torcida gremista nem quer ouvir falar. Nosso Vice-Presidente de Futebol, Dr. Antônio Vicente Martins, o mesmo de 2000, ano em que o Clube  nada conquistou, prometia uma revolução em setembro de 2010. E o que se vê até agora são sucessivos fracassos dentro de campo e uma iminente ruína financeira do clube. Nunca se gastou tanto para tão pouco! Para estar no futebol não basta ter boa vontade e ser gremista. Tem que ter competência para o cargo. Onde está a prometida profissionalização?

E temos que por fim nesta tática do Presidente de, após cada mau resultado de campo, sair dando entrevistas como se apenas torcedor fosse. Como se, na condição de mandatário maior do clube, não tivesse responsabilidade nenhuma com a forma de administrar o clube, com as estratégias adotadas e muito menos pela escolha das pessoas que estão ao seu lado. O que de fato estaria acontecendo com o nosso Grêmio? Por que em 2010 as coisas funcionavam bem com Renato? Por que o Departamento de Futebol segue prestigiado depois de tantos equívocos? O Presidente Paulo Odone está refém de um grupo político que monopoliza o Futebol?

Urge que a atual Direção do Grêmio faça uma mea culpa e volte a colocar o clube no rumo que encontrou quando assumiu seu mandato, com um Departamento de Futebol ajustado, contas em dia, condomínio de credores sendo reduzido, o Projeto Arena evoluindo sem tantos percalços, ambiente sem crise institucional, enfim, que as coisas voltem a funcionar para que o clube retome o caminho de conquistas. Chega de comemorar o título da Série B de 2005! Vamos almejar algo da grandeza do Grêmio!

Movimento Grêmio Vencedor - MGV