O maior dirigente do futebol brasileiro

O maior dirigente do futebol brasileiro

Data da Postagem: 19/10/2012

Fábio Koff, que em apenas 6 anos a frente do Grêmio (foram gestões: 82/83 , 93/94 e 95/96), alcançou o ápice que um mandatário de clube de futebol poderia almejar. Conquistamos a América por duas vezes (83 e 95), o Mundo em 1983 (sendo vice nos pênaltis em 95), arrematou de sobra também o título de bi-Brasileiro em 96, além de outros tantos campeonatos que muito nos orgulham (Copa do Brasil, Recopa, Gauchos, etc), o que naturalmente lhe garantiu reconhecimento como sendo o maior dirigente de clube do futebol deste país.

Por óbvio que a um dirigente desta envergadura seriam dados outros grandes desafios. Foi quando os grandes clubes do futebol brasileiro, afundados em dívidas e sem nenhuma organização (totalmente reféns da CBF), fundaram a associação denominada de Clube dos 13. Entidade que, enquanto esteve à frente, se transformou em uma das mais poderosas do futebol mundial. 
 
Além do fato de Koff crer o quão necessário era que o Grêmio se renovasse e buscasse novas soluções que pudessem mantê-lo no topo, o que, infelizmente, mesmo depois de tantos abnegados e grandes gremistas que o sucederam, acabamos por não alcançar. Diante disto, ao perceber o risco de adiarmos novamente a era das grandes conquistas, Fábio Koff decidiu por oferecer novamente seu nome ao associado gremista para que tenha a oportunidade de escolher entre um modelo vencedor e os outros, os quais já demonstraram que nestas últimas duas décadas não foram capaz de tirar o Grêmio desta estagnação. E o pior, nesta última década restou-nos assistir nosso maior rival repetir nossas façanhas. O verdadeiro gremista não se conforma com isto, a não ser que seus interesses ultrapassem as barreiras do futebol. 
 
Cabe recordar que na época em que Koff dirigiu o Grêmio o orçamento dos clubes era ínfimo, se compararmos com o patamar que temos atualmente. Para se ter uma ideia, o valor dos passes dos atletas não passava de U$ 500 mil, quanto muito U$ 1 milhão. Hoje em dia, porém, para “qualquer promessa” de bom jogador já se fala em U$ 15/20 milhões. Isto sem considerarmos as escassas verbas de TV da época, que em boa parte dos clubes ficava abaixo até da própria arrecadação do quadro social. 
 
Com a habilidade e competência que lhe é nata, Dr. Koff, ao presidir o C 13, fez com que o orçamento de TV e Marketing dos grandes clubes do país saltassem da cifra dos R$ 10 milhões para a casa do R$ 1 bilhão/ano. Isto possibilitou que a maioria dos clubes endividados permanecessem “vivos” no cenário do futebol brasileiro, e o Grêmio não foi uma exceção. Não fossem os vultosos repasses que o clube recebeu por meio do C 13, muitos destes até com o próprio aval pessoal de Fábio Koff, talvez o Grêmio tivesse sucumbido para um clube de menor expressão. 
 
Mas por ironia do destino, justamente o clube do coração de Fábio Koff, onde liderou nossas grandes conquistas das coisas até hoje tanto nos orgulham, foi quem promoveu a reviravolta no Clube dos 13 ao assinar, em primeira mão, através do atual presidente Odone, a renovação do contrato de TV com a Rede Globo até 2014. Aliás, contrato este que de forma surpreendente até já foi ampliado por mais três anos, fazendo com que comprometêssemos nossas receitas futuras sem mesmo a anuência do Conselho Deliberativo do clube. Tudo à revelia do processo de negociação que o Dr. Fábio conduzia com as emissoras de TV do país e do exterior, o qual visava aumentar ainda mais a valorização desta fonte de receitas. 
 
Chega de nos iludirmos com números, com a pressão e interesses da mídia “amiga”, com avalanches “virtuais”, com CATRACA liberada, com funcionário mandando mais que presidente, com ano após ano recheado de discursos ilusionistas (Ronaldinho, Ganso, etc). Vamos Avançar Juntos para sermos CAMPEÕES DE NOVO ! Necessitamos de um presidente com a grandeza de Fábio Koff, pois pagar condomínio de credores com adiantamento da Globo é fácil. O difícil será administrar o clube daqui prá frente com sua principal receita futura comprometida. 
 
Arena: é evidente que temos muito orgulho da nossa casa nova, e aqui cabe um reconhecimento aos dirigentes que tanto se empenharam para que este grande projeto se tornasse realidade.  Por justiça, ao Koff, que foi o primeiro a propor para que o Grêmio tivesse seu novo estádio na era da Copa 2014; ao Odone e o Antonini, por terem levado a ideia adiante de forma competente; e ao Duda Kroeff e o Preis, por terem operacionalizado o projeto e o iniciado as obras. Foram muitos os que se doaram por isto. Todavia, lembremos que a Arena será administrada e paga, no mínimo, pelos próximos 10 presidentes, por isto é que a Arena não tem dono. Por enquanto, o estádio é da OAS e dependerá de dirigentes experientes e não comprometidos para, oxalá um dia, ser nossa casa de forma definitiva. Lembre-se: um estádio do porte da Arena sem um time que conquiste títulos será um fracasso! 
 
E o tal “ALENTAÇO” na Arena? Com o devido respeito, mas uma administração séria não convocaria o torcedor para fazer um papel destes, beirou o ridículo. E a quem afinal interessa este tipo de jogo? Obviamente que é algo orquestrado justamente as vésperas de uma eleição, pois todos sabem que “alguns” integrantes da Geral do Grêmio tem tido inúmeros benefícios do clube, o que torna esta uma relação no mínima perniciosa. Se quisessem de fato “testá-la”, o fizessem as vésperas de sua inauguração, mas não a uma semana das eleições.
 
Associado gremista, convido-lhe a comparar os três candidatos que pretendem comandar o Grêmio no biênio 2013/14, antes de definir seu voto: o que se apresenta como “o novo”, é líder de um grupo político que integra a atual gestão e que dirigiu o futebol em sua pior fase, que foi no início desta gestão Odone, aliás, grupo este que apoiou em massa o arquivamento dos responsáveis pelo caso ISL; já o atual presidente Odone, que  busca seu 5º mandato, tem como grande bandeira a Arena, pois no futebol pouco contribuiu para que saíssemos desta fase maus resultados. A que ponto chegamos, com o tempo nos contentamos a comemorar vice-campeonatos e vaga na Libertadores.
 
Já, Fabio Koff, um dirigente predestinado às grandes conquistas, com uma história de vida irretocável, que poderia ficar em casa gozando de sua aposentadoria como Juiz de direito, vem se apresentar ao associado e colocar toda sua experiência em favor só do Grêmio, e sem nenhum receio de colocar todo seu prestígio em jogo. É no mínimo injusto com Koff algumas acusações que ouço por aí de que teria abandonado ao clube ao longo destes anos. Ele fez o papel de pai que passa a vida protegendo seu filho, mesmo que a distância, sem jamais deixar de amá-lo.
 
Somente com a força do nosso torcedor é voltaremos a ser grandes, e se aliarmos a isto a união deste torcedor com uma direção despida de qualquer outro interesse que não os voltados exclusivamente à grandeza do Grêmio, aí temos a certeza de que teremos de volta o orgulho de estampar em nosso peito a gloriosa camisa tricolor.
 
Chegou a hora de voltarmos a sonhar com títulos e com faixa no peito!
 
Luis Gustavo Schmitz
Sócio desde 1988 e Conselheiro do GFPA desde 1998