Por uma nova ordem política no Conselho do Grêmio

Data da Postagem: 30/07/2013

Saudações Tricolores,

O Grêmio não vive. O Grêmio sobrevive.

A frase é forte, eu sei. Mas é exatamente isso.

Nosso clube está em permanente conflito político, disputado por nada menos do que dezesseis movimentos.

A implosão do poderoso River Plate se deu justamente quando este contabilizava dezenove movimentos políticos. Não bastasse a quantidade excessiva de correntes e pensamentos para um mesmo propósito, estamos sufocados por eleições que ocorrem praticamente todos os anos.

É demais, para qualquer clube.
 
É até chato falar sobre isso quando o assunto é torcida única, postura da BM, etc.
 
Mas eu considero menos oportunista do que esperar por resultados positivos dentro de campo para trazer o assunto a tona.
 
O processo eleitoral já está deflagrado para as eleições do Conselho Deliberativo que vão ocorrer em 28 de setembro. Ao menos uma chapa já foi lançada oficialmente e em breve outras serão lançadas.
 
Eu acredito que o desejo individual de cada gremista em ser protagonista dentro do clube é legítimo.
 
Porém, acredito que existem várias formas de se atingir este objetivo, em que pese o clube tenha ainda uma postura fechada em relação a receber contribuições de gremistas que não estejam diretamente relacionados com a gestão, um comportamento histórico de todas as direções que tivemos até hoje. Não é nada fácil ajudar. Muitas pessoas se fecham em si próprias, colocando seu ego acima dos interesses do clube. Estamos lutamos contra isso.
 
Já escrevi antes: o maior desafio da atual gestão é criar mecanismos para que o Grêmio seja gerido de forma a evitar o nocivo personalismo. A ideia de que “na minha vez, eu faço do meu jeito”.
 
O Grêmio precisa de um modelo de gestão que minimize a necessidade de salvadores da pátria e do caciquismo.
 
E este foi um dos principais pilares da campanha que elegeu a atual diretoria.

“Sabendo que não há solução sem união e gestão, o Grêmio passará por um choque de gestão. Trata-se de um trabalho que parte da união de cima para baixo. Ou seja: um caminho que é maior do que qualquer pessoa ou grupo. Esse choque prevê uma mudança na estrutura organizacional do clube e a implantação de planejamento estratégico e de governança corporativa. Também serão criados planos de negócio para Marca & Marketing, Futebol Profissional & Categorias de Base e Fundos de Investimento. O plano de negócios da Arena será respeitado e aperfeiçoado. Também serão adotados rigorosos controles de orçamento e dos fluxos de caixa.”

Pois a mesma base de eleitores, associados gremistas, que deu sustentação a este plano, precisa estar novamente mobilizada para as eleições dos seus representantes junto ao Conselho Deliberativo em 28 de setembro.

Mudanças estruturais são necessárias para o futuro do clube.
Mudanças que exigem alterações estatutárias.
Mudanças que somente serão feitas - no tempo em que o Grêmio necessita - com o apoio do CD.

A atual gestão conta apenas com aproximadamente 30% de conselheiros que estão alinhados com suas ideias.

Sem um maior apoio junto ao Conselho Deliberativo, Fábio Koff terá imensas - e talvez intransponíveis - dificuldades em concluir as mudanças de que o Grêmio tanto precisa.

Por coerência e por necessidade, é fundamental que o associado leve em conta este fato nas próximas eleições.

Antonio Dutra Junior
Sócio desde 2006 e integrante do Movimento Grêmio Vencedor