Desafios de 2016

Data da Postagem: 24/11/2015

Não há dúvidas de que o Grêmio tem como principal objetivo em 2016 a conquista da Taça Libertadores. Ou ao menos deveria ter, já que esta é a principal competição do continente.

Alguns obstáculos se interpõem em nosso caminho, além daqueles que já seriam de se esperar pela natural dificuldade do Campeonato.

O maior deles, como sempre, é a limitação de recursos para contratações. Faltam-nos algumas peças que nos qualifiquem como equipe com boas possibilidades de vencer. Não são muitas, mas são essenciais. A primeira delas, um artilheiro de referência, daqueles de fazer temer a defesa adversária. A outra, não menos fundamental, a presença de um articulador para dividir com Douglas as responsabilidades da criação de jogadas. Por fim, um zagueiro de alto nível também não seria má ideia.

Para isso o clube terá de abrir os cofres, ainda que para racionalizar os gastos. Ou seja, contratar menos, porém acrescentando qualidade. Em resumo, em tempos de vacas magras, precisamos de um plantel mais enxuto para que seja possível acrescentar qualidade.

Tal objetivo, entretanto, tem um obstáculo adicional de responsabilidade do próprio clube, que aceitou participar de uma inútil Copa Sul, Minas e parte do Rio de Janeiro. Uma competição que não desperta qualquer interesse e não nos leva a nada. Isso sem falar no Gauchão/2016, cuja conquista se impõe para que possamos retomar a hegemonia regional.

Disputar três competições ao mesmo tempo vai na contramão do que se pretendia para o Futebol Brasileiro, mas é o que temos. Quem sabe não possamos reeditar a Campanha de 1995, quando ganhamos o Gauchão, fomos vice na Copa do Brasil e conquistamos pela segunda vez a América?

Não foi pouco. Basta lembrar que em 1995, somente o Santos e o São Paulo haviam conquistado por duas vezes a Libertadores. O co-irmão somente viria a ter o sabor dessa vitória pela primeira vez dez anos mais tarde.

O primeiro semestre de 2016 traz esses desafios. Nada que não possamos superar com nossa grandeza e o apoio sempre incondicional de nosso torcedor.

Oxalá, o espírito de 1995 nos inspire!

 

Renato de Castro Moreira

Conselheiro do GFBPA