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Enquanto caminhamos de forma lamentável para o final do ano, aguardando que se esgotem as rodadas do Campeonato Brasileiro para que os jogadores tirem férias, sem maiores ambições que não garantir uma vaga na "valorosa" Copa Sul-Americana, pelo menos a torcida do Grêmio pôde celebrar duas boas notícias por esses últimos dias:
A primeira foi a entrevista dada pelo ex-presidente Fábio Koff à imprensa, onde ele admite a possibilidade de voltar a ser o primeiro mandatário do Grêmio. Em tempos de penúria de títulos e depois de um ano de administração desastrosa, soa como poesia aos nossos ouvidos as palavras do dirigente mais vitorioso da história tricolor. Realmente, a presença de Koff à frente do clube seria uma injeção de ânimo e esperança na torcida, que convive há mais de uma década com a ausência de importantes conquistas.

A segunda, e não menos nostálgica, é a presença de Luiz Felipe Scolari no Estádio Olímpico no próximo domingo, na partida diante do Palmeiras, equipe atualmente dirigida por ele. Rever o "gringo" à beira do gramado nos transporta a uma época de ouro, em que enfrentávamos de igual para igual qualquer time, a qualquer hora, em qualquer lugar, e, especialmente, vencíamos. Junto com Koff e Cacalo, Felipão ajudou a construir uma trajetória de glória nos anos 90, quando o Grêmio era respeitado e temido em cada canto da América do Sul.

Que as palavras de Koff e a presença de Felipão inspirem os atuais dirigentes do clube a fazer uma reflexão sobre tudo o que deu errado nesse ano - que começou mal ainda na aliança eleitoral de 2010, previsivelmente insustentável - e repensar suas estratégias para 2012. A torcida do Grêmio tem dado o recado no Olímpico, nas ruas, nas mídias sociais: quer títulos, quer vencer dentro do campo, e não se contenta mais com o discurso da Arena e da Batalha dos Aflitos. Que as vaidades sejam deixadas de lado e que a atual direção esteja unida para fazer o melhor pelo clube. Que está longe, e bem longe, do que foi realizado até agora.

Movimento Grêmio Vencedor