Entrevista: Dr. Renato Moreira

Entrevista: Dr. Renato Moreira

Data da Postagem: 26/07/2012

Conselheiro do Grêmio há mais de 20 anos, Diretor do Departamento Jurídico de 1985 a 1990, Vice-Presidente Jurídico de 1993 a 1998 e Vice-Presidente de Futebol em 2005 e 2006, Renato Moreira fala sobre o atual momento e o futuro político do Clube.

1 - Como você observa o cenário político atual do Grêmio?
Dr. Renato Moreira – Vejo com bastante preocupação. Se antes tínhamos um Clube impermeável à participação dos associados na vida política, agora temos uma Entidade que se deixou levar completamente por práticas populistas, como ocorreu, por exemplo, na contratação do atual treinador, que recebeu camiseta com o número da partido do atual Presidente. Não encontramos um ponto de equilíbrio. Um Clube de Futebol precisa da participação de seus sócios, mas deve ser guiado por condutas administrativas empresariais e isso não está acontecendo.

2 - Como você vê o MGV nessa eleição? Qual a participação que o movimento deve ter nesse pleito?
Dr. Renato Moreira – Temos que apresentar o nosso projeto para o Grêmio. Isso é o mais importante.
 
3 - Movimentos de apoio à atual diretoria do Grêmio agora vêm à público falar em privilegiar "projetos" ao invés de "pessoas". Como podemos observar essa mudança de comportamento?
Dr. Renato Moreira – É exatamente isso a que me refiro. Não somos os únicos a pensar em privilegiar projetos. Então é preciso buscar as identidades. Colocar o Grêmio sempre à frente de tudo e de todos.
 
4 - Há um clamor dos torcedores para que um processo de pacificação política seja implementado no clube. Como viabilizá-lo?
Dr. Renato Moreira – Também gostaria de ver o Clube mais unido, mas sei que é difícil. Os interesses a conciliar são muitas vezes muito distantes uns dos outros. Temos que ser realistas. Qualquer proposta tem de ser debatida em torno de um projeto claro e definido para o Grêmio. Creio que o Presidente Fábio Koff, pela experiência, por seu talento extraordinário e suas conquistas à frente do Clube seria a pessoa ideal para comandá-lo nos próximos dois anos.
 
Foto: Carmelito Bifano / UOL Esportes